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27/08/2010

A Ciência da Alma



Hoje, 27 de agosto, é dia do psicólogo. O profissional de psicologia é, como o próprio nome da teoria sugere, um conhecedor da mente humana. A palavra deriva do grego e significa psyche (mente ou alma) e logos (conhecimento), ou seja, "ciência da alma": sua definição mais antiga.

Muitas pessoas têm vontade de fazer uma psicoterapia, mas o preconceito e a vergonha de perguntar, as impedem muitas vezes de procurar um profissional. Quantas coisas de que realmente gosta você tem feito nos últimos dias? Ou está sempre buscando agradar aos outros, esquecendo-se de si mesmo? O quanto você se conhece? Essas são apenas algumas perguntas que muitos ficam confusos ao responder, pois tendemos a não nos conhecer interiormente.

A Psicologia, com suas técnicas científicas, pode realmente ajudar as pessoas a viverem melhor, pois o objetivo maior é o autoconhecimento. É preciso deixar claro que quando se procura um profissional, ele não está lá para dar conselhos, julgar, dizer se você está certo ou errado, mas sim para pensar junto e ajudá-lo a chegar na verdade, em quem você realmente é. O importante é procurar e encontrar (é claro) um profissional que lhe faça sentir acolhido. Isso pode levar tempo, é natural. Então não desanime!

Infelizmente, o preconceito mistura-se com a ignorância, fazendo com que muitos deixem de se beneficiar do trabalho terapêutico. Participar deste processo ainda é considerado "coisa de louco" quando, na realidade, a alienação de si mesmo é que se torna um dos grandes geradores de conflitos. Lembre-se que procurar ajuda terapêutica é um sinal de coragem e maturidade. Não de fraqueza, como muitos acreditam.

A todos os 'Cientistas da Alma', meus parabéns pelo seu dia! E agradecimentos sinceros pelo muito que já fizeram por essa 'alma' aqui! ;)

22/08/2010

SIMPLES E MUITO BEM EXPLICADO



Sou a favor do meu país. Independente de partido, se direita ou esquerda. Sou pelo justo, pelo adequado. Acredito no mérito batalhado, conquistado pelo suor próprio, nada alheio. Recebi este texto dias atrás e acho válido, no mínimo uma pausa para a reflexão. Sem discordar da necessidade de melhora das condições de vida de todos os brasileiros, temo muito pelos milhões de beneficiados das “Bolsas disso ou daquilo", distribuídas a torto e a direito, responsáveis pela 'escora' descarada de uma porção de pessoas por este Brasil, já vivendo sem trabalhar...

Simples e bem explicado...

Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma classe inteira.

Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo. O professor então disse: ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas. Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam justas.

Com isso ele quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A"... Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam "B".

Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado. Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média das provas foi "D". Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um "F". As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram o ano... Para total surpresa !!!

O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foi seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado.

"Quando a recompensa é grande", ele disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."

01/08/2010

Houve um Tempo de Gentileza



Houve um tempo em que as pessoas tinham mais calma, mais respeito e mais consideração. Houve um tempo em que as pessoas eram de fato, pessoas. Hoje, zelar por seus próprios princípios e valores pessoais, tornou-se virtude, ao invés de dever comum. A justificativa em geral, norteia a escassez de tempo, isso é sabido. Mas esses dias, ouvi de uma pessoa o seguinte: "...e tem aquele povo que vive me cumprimentando, mas finjo que não ouvi, porque não conheço né...vai saber..." 

Pergunto-me de quem foi a idéia de difundir essa 'regra' social em que se ignora alguém que não se conhece, a ponto de não ser 'adequado' sequer responder a um 'bom dia'? Parei para pensar sobre o assunto e lembrei de diversas vezes que ficava com meus 'bom dias' ou 'olás'ao vento, porque simplesmente os havia direcionado a pessoas 'estranhas'. Aos interessados, é fácil reconhecer esses 'estranhos' na rua - geralmente possuem atitude introspectiva padrão, retraídos em linguagem verbal e não verbal, blindados a qualquer tipo de contato vindos 'do desconhecido'. Seu habitat, via de regra, localiza-se nos grandes centros urbanos. Para se viver em harmonia entre eles, é fundamental seguir um único mandamento de convívio que rege o seguinte: "prometo-não-notar-que-você-existe-se-me-prometer-fazer-o-mesmo".

Passei o final de semana no interior de São Paulo, cidade de Porangaba, distante cerca de uma hora e meia da capital. É incrível a aproximidade de todos da cidade. Durante a viagem, falava com meu marido sobre esse assunto e chegando a cidade, pedi a ele que, como teste, buzinasse aos pedestres cumprimentando com um breve asceno. Simplesmente 100% das manifestações foram correspondidas, inclusive algumas, acompanhadas de um largo sorriso. Ninguém ligava se conhecia ou não. Só se importavam em ter a consideração de corresponder ao gesto. Provavelmente, o índice de escolaridade da maioria na cidade não deve passar sequer do primeiro grau completo. Isso prova que exercer a cidadania, está exclusivamente ligado a formação do caráter de cada um.

Vivemos cada vez menos em comunidade. Criamos laços frágeis com as pessoas. É preciso voltar a nos atentar as pequenas gentilezas e compreender que esse é o primeiro passo para a reabilitação da sociedade indiferente em que vivemos.