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21/12/2010

Reflexões de Fim de Ano



Engraçado dividir uma vida em anos. 365 dias separam os planos que fiz, daqueles que ainda farei. E tudo parece ser um único plano. O desejo de ser feliz e o sentimento de liberdade permanecem indissolúveis no tempo. Ânsia por novas descobertas... o medo do novo... Paradoxo eterno que me acompanha.

De todas as coisas por que passei, valeu a pena cada passo que dei. Nessa caminhada o que não vale é ficar parado, certo? Ainda que a queda esteja no percurso, saber levantar e continuar a andar é dom de poucos. E que sorte a minha estar nesta seleta lista!

Mas qual é mesmo a diferença que existe entre os minutos que findam o ano de 2010 e iniciam o de 2011?? Uma palavra apenas: ESPERANÇA...essa eterna companheira de todos nós. Liquido vital que percorre nossas veias. E que ela não se cesse!

E o tempo deixando como lembranças suas marcas...Cabelos brancos, sinais de expressão, desejos incompletos... Mas é assim mesmo que vivemos.

Já pensou como seria se tudo o que sonha já tivesse conquistado?? Ah eu construiria novos sonhos!!! Ora se faria!! =-)

Somos incompletos... é exatamente por isso que somos felizes. Parece dúbio, mas é verdade. A incerteza do amanhã é que nos faz olhar pela fechadura e desejar ultrapassar mais uma porta.

Que todos nós possamos carregar tantas chaves quanto portas formos capazes de abrir, que a satisfação de ter nossos sonhos realizados, não nos acomode a sonhar novos sonhos e que a frustração daqueles não concretizados, não nos tire o desejo de vida!

Um grande beijo com carinho sincero

Vanessa Yurie

16/12/2010

Sofia Aiko | O dia em que te descobri

Sofia serena completando 21 semanas na barriga da mamãe

Está mais que confirmada a vinda da pequena SOFIA! Vou ser mãe de uma linda menina! Depois de passar o primeiro trimestre inteiro crente que esperava um garotão (o MIGUEL), eis que minha pequerrucha expõe todas as suas constatações possíveis para não restar dúvidas quanto ao seu sexo. MULHER SIM! Tá AQUI Ó! (só faltou falar! rs de tão aham...digamos, explícita, que se manteve durante todos os TRÊS ultrassons que fizemos para tirar a prova dos nove!) Bem, a neura das reconfirmações era por conta da viagem já marcada para Miami, para comprar o enxoval do bebê. E sem saber o "tema" exato, seria muito complicado além de.... branco! Num próximo post, eu dedico só sobre a minha aventura astronômica ao longo de sete dias na terra do Tio Sam, ou melhor dizendo "Papi Juan" (porque lá, americano é uma raridade! Solo hay muchachos caramba!!!!).

Bem, e está também definido o nome japonês de Sofia. Ela se chamará SOFIA AIKO. Aiko em japonês, significa Filha do Amor e no meu caso, uma justa e sincera homenagem a uma das pessoas mais importantes na minha vida, depois de minha mãe, minha avó, a Dona Aiko, mais conhecida por todos como "Batian", ou simplesmente "Bá". Minha Batian é uma das figuras mais incríveis que conheci na vida, e de certo, manterá sua poli-position por muitas gerações. Imigrante, chegou ao Brasil em 1930, aos cinco anos de idade com seus pais e irmãos. Desde cedo, cresceu na enxada, entre roçados e uma vida muito humilde. Casou-se aos dezoito, e teve dez filhos. Meu avô, um dos meus ídolos também e não mais entre nós, sempre foi um japonês rígido, inflexível e machista (ao final da vida, pôde se redimir de muitos atos arrependidos, mas sua bondade de coração superava qualquer atitude impensada). Com ele, esteve sempre ao lado, mesmo que por vezes contestasse calada, mas erguia a bandeira "Família em primeiro lugar" (e que até hoje o faz, mesmo que sozinha na empreita). Alfabetizou-se as escondidas, com a ajuda dos filhos enquanto eles estudavam suas cartilhas. Enfrentou a perda de dois filhos, do marido e vive em uma luta de décadas contra o diabetes, pressão alta, feridas nas pernas e complicações cardíacas. Mas com a doçura de uma gueixa e rigidez de um samurai, ela segue cumprindo cada dia com grande louvor.

Quem a vê não imagina a força interior que ela tem. Tive o privilégio de crescer com ela, enquanto minha mãe trabalhava em três turnos. E hoje, tenho o privilégio em dobro de poder compartilhar, as emoções da minha gravidez.Ela me cobre de conselhos, e como sempre, de cuidados.E sempre penso que o mínimo que posso fazer por ela em troca, é estar presente. E é o que tento fazer. Entre idas a um mercado, um shopping, aos passos truncados daquela pequenina senhorinha, estamos sempre perambulando pela cidade (bem agora, na medida do possível, afinal a 'pançudinha' aqui já não anda tão estável como antes rs). Minha maior alegria, certamente, será o momento em que eu colocar a Sofia nos braços de minha avó.E ela mesma diz que esse será o dia em que ela terá certeza do dever cumprido. Encho os olhos de imaginar...

Bem, a emoção de saber que trará ao mundo uma menininha é bem engraçado. Talvez mais engraçado pra mim, porque estava crente que aqui dentro carregava o Miguel na verdade. Apesar de Sofia sempre ter sido um nome escolhido, independente de estar até casada, quando soube que estava grávida me veio no ato que traria um menino. Talvez por eu ser muito molecona, não sei. Mas estava crente! A notícia da vinda da Sofia, ao contrário do que esperava, me encheu de alegria mas medo ao mesmo tempo. Pôr uma menina no mundo vem de quebra algumas preocupações naturais do dito 'sexo frágil'. Parei por alguns momentos comigo mesma, rezando para que ela fosse maliciosa o suficiente para que outros não a fizessem de boba, que ela aprendesse logo a dizer não, a se colocar em primeiro lugar sempre, a ser durona sem perder a ternura, a ser mais lider que liderada, enfim, tantos vãos pensamentos... foi quando percebi que desde já cometia o erro de querer nela tudo que em mim me é difícil. E entendi que mães não fazem por mal, mas por querer poupar os filhos de perrengues antes conhecidos... Felizmente logo despertei para o fato de que nada a poupar é possível, cada um aqui vem por uma razão e esta é intransferível. Em seguida me coloquei a rezar pedindo que eu então fosse apenas uma fiel companheira a testemunhar os passos dessa pequena, pelo longo caminho ainda a percorrer...

É, a gente aprende sempre... a diferença estão nos olhos despertos e no coração aberto...

Olha a Dona Aiko gente!

13/12/2010

Ansiedade e Insegurança | Comece a viver o presente


O ser humano é ansioso quando há algo em seu coração que ele quer ou teme e duvida que este algo irá acontecer ou tem medo que venha a acontecer. Podemos verificar que a ansiedade está sempre presente como algo do futuro. O ansioso não vive o presente. E o presente é a única coisa que temos para viver.

Como aqui na Terra, no nosso plano, temos uma linha divisória de tempo necessária à nossa evolução, o equilíbrio emocional e psicológico, portanto, espiritual, caracteriza-se pelas pessoas que vivem o momento presente.

Não me é possível viver no meu equilíbrio e aproveitar as diversas oportunidades que a vida me dá se eu não viver o meu momento de agora. Quando entro em estados de ansiedade, desequilibro totalmente minha capacidade de criar, de transformar e de propriamente conviver comigo. O ansioso não consegue conviver consigo mesmo. Está sempre num estado de angústia. Sempre está lhe faltando algo. Sempre está incompleto, como se a vida lhe devesse ou ele devesse algo à vida. É um estado de pré-ocupação permanente e aí não sobra tempo de viver em harmonia.

...Tenho sempre que me preocupar com o que há de vir. Não consigo me concentrar no que preciso fazer. Sinto que tenho em minha cabeça ou coração alguma coisa que me desvia do momento presente e me dá uma sensação de que posso perder alguma coisa importante.

Vivemos numa entidade vida: o universo. Ele não pára, está o tempo todo se movimentando, procurando o novo, o seu caminho. Você, eu, nós, temos a mesma dinâmica do Universo. Não paramos, estamos o tempo todo nos movimentando, buscamos o tempo todo nosso caminho. Fazemos tantas coisas, tomamos tantas atitudes, brigamos, sofremos e este caminho nunca chega... É verdade, o caminho nunca chega, pois o procuramos em lugar errado. O caminho está no seu coração. O caminho está dentro de cada um. VOCÊ É O SEU PRÓPRIO CAMINHO.

Ao fugirmos de nossa realidade interior e buscarmos na realidade exterior a explicação ou encontro de nosso caminho, esbarramos numa coisa por demais interessante, que tem dado a tônica ao nosso processo de vida: O OUTRO. Não podemos dizer que o outro é o vilão da história. O vilão é cada um de nós. O vilão é nossa crença. Mas o outro passou a ser nosso deus. Passei a viver a minha vida em função do outro. Podemos afirmar, sem receio, que a Ansiedade e a Insegurança só aparecem em nossas vidas quando elegemos o OUTRO como a coisa mais importante de nossas vidas. Vivo para agradar ao OUTRO. O OUTRO passou a ser o meu deus. Tudo o que faço visa agradar ao outro. Estudo, freqüento lugares, me visto com determinada roupa, vou a missas ou cultos religiosos, dou esmolas, fumo ou deixo de fumar, me drogo, desrespeito a minha sexualidade e tantas outras coisas mais, aceito modismos agressivos, em função do outro.

Imagine o que o outro poderá pensar de mim... Não, tenho que ter uma boa imagem com o outro... Ele/Ela não pode pensar errado de mim.... Se pensarem errado como vou ficar? Eu não agüento não agradar ao outro. Preciso ser aceito pelo outro. Sou carente, preciso ser nutrido pelo outro. Já pensou se o outro não ligar para mim? Eu não agüento...

Esta necessidade doentia e dispensável de agradar ao outro, tirou-me do meu caminho. Mas quem é que precisa agradar o outro? O meu ego precisa agradar ao outro. Se não é para agradar o outro, é até pior. É para competir com o outro... Preciso provar a mim mesmo e ao outro que sou bom, ou sou melhor, ou que também sou triste, patético, infeliz; mas infelizmente, muito próximo de nossa realidade terrena. Ao fugir do meu próprio destino e poder de decisão passei a criar uma série de necessidades do ego. Se preciso me mostrar para o outro ou ser reconhecido pelo outro, vou mostrar alguma coisa que impressione o outro e não necessariamente a verdade. Farei algo onde o outro possa ter uma boa imagem de mim.

É preciso mesmo de uma boa imagem perante o outro pois a minha imagem perante eu mesmo é a pior possível.

Esta necessidade de agradar tanto ao outro passou a promover em nossas vidas o surgimento de insegurança e ela é a geradora das ansiedades. Insegurança é um estado de abandono da fé, da fé em mim e da fé na própria estrutura do universo. O universo tem uma lei de harmonia, equilíbrio e justiça e esta lei foi feita para proteger tudo aquilo que existe no universo, inclusive a mim. Mas nós teimamos, há milhares de anos, em não entender ou praticar esta lei e viver na insegurança e a insegurança me leva à insanidade... me leva à má avaliação do fato, me leva a cometer erros infantis e me leva principalmente a ser infeliz.

Mas a coisa não pára aí. Eu sinto insegurança e ansiedade porque estou com culpa ou com medo. Normalmente, a insegurança e ansiedade aparecem, mas o pano de fundo normalmente é composto por culpa ou medo, e às vezes culpa e medo. Para poder lidar com a culpa e o medo o que preciso fazer, urgentemente, é me perdoar. Podemos entender que o Ego humano é um instrumento criado para nortear as relações entre os humanos, aqui na Terra e como instrumento falho que é está aqui-agora no nosso coração, porque a culpa e o medo estão presentes em nossos interiores.

O Ego surgiu por causa das nossas diferenças pessoais, numa época da humanidade, quando começaram a encarnar no planeta uma série de personalidades vindas das regiões mais diferentes do universo, para cumprirem aqui suas evoluções. Ao se defrontarem com culturas e conhecimentos diferenciados propiciou-se o medo nos corações e este medo gerou outras sensações como culpa, ansiedade e insegurança que são as energias que corroem as nossas maiores possibilidades de vivermos uma vida de paz, harmonia, amor e felicidade.

Sair desta armadilha do ego é uma questão de querer e de esforço pessoal. Posso sair desta armadilha na hora em que quiser ou querer continuar preso a ela. A escolha é minha.

Se quiser sair, uma dica vamos lhe dar: a falta de fé é o componente mais importante a ser superado. A falta de fé promove todas as doenças de nossa alma e comportamento. Praticar a fé é um desafio diário que temos a perseguir. Se temos a pretensão de melhorarmos, urgentemente, temos que abrir um espaço à fé em nossas vidas.

Tenho que treinar a fé, viver a fé, praticar a fé. Se sou Deus, onde está este Deus em mim que não vejo e não encontro?

Certamente Ele deve estar encoberto pelo ego, preso nas armadilhas da ansiedade, insegurança, culpa ou medo. Mas se prestar um pouco de atenção ao seu coração e escutar sua voz interior, certamente você irá SENTI-LO.




Irineu Deliberalli é Psicólogo Tradicional e Transpessoal/Xamânico
Atendimento individual ou grupos. Ministra cursos de Reiki, sistema Mikao Usui, Caminho Iniciático - baseado no Estudo dos 7 Raios e da Personalidade Humana na Psicologia Esotérica, canalizado diretamente dos Mestres Ascensos. Este seu artigo foi pubicado em http://www.somostodosum.ig.com.br/