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21/12/2010

Reflexões de Fim de Ano



Engraçado dividir uma vida em anos. 365 dias separam os planos que fiz, daqueles que ainda farei. E tudo parece ser um único plano. O desejo de ser feliz e o sentimento de liberdade permanecem indissolúveis no tempo. Ânsia por novas descobertas... o medo do novo... Paradoxo eterno que me acompanha.

De todas as coisas por que passei, valeu a pena cada passo que dei. Nessa caminhada o que não vale é ficar parado, certo? Ainda que a queda esteja no percurso, saber levantar e continuar a andar é dom de poucos. E que sorte a minha estar nesta seleta lista!

Mas qual é mesmo a diferença que existe entre os minutos que findam o ano de 2010 e iniciam o de 2011?? Uma palavra apenas: ESPERANÇA...essa eterna companheira de todos nós. Liquido vital que percorre nossas veias. E que ela não se cesse!

E o tempo deixando como lembranças suas marcas...Cabelos brancos, sinais de expressão, desejos incompletos... Mas é assim mesmo que vivemos.

Já pensou como seria se tudo o que sonha já tivesse conquistado?? Ah eu construiria novos sonhos!!! Ora se faria!! =-)

Somos incompletos... é exatamente por isso que somos felizes. Parece dúbio, mas é verdade. A incerteza do amanhã é que nos faz olhar pela fechadura e desejar ultrapassar mais uma porta.

Que todos nós possamos carregar tantas chaves quanto portas formos capazes de abrir, que a satisfação de ter nossos sonhos realizados, não nos acomode a sonhar novos sonhos e que a frustração daqueles não concretizados, não nos tire o desejo de vida!

Um grande beijo com carinho sincero

Vanessa Yurie

16/12/2010

Sofia Aiko | O dia em que te descobri

Sofia serena completando 21 semanas na barriga da mamãe

Está mais que confirmada a vinda da pequena SOFIA! Vou ser mãe de uma linda menina! Depois de passar o primeiro trimestre inteiro crente que esperava um garotão (o MIGUEL), eis que minha pequerrucha expõe todas as suas constatações possíveis para não restar dúvidas quanto ao seu sexo. MULHER SIM! Tá AQUI Ó! (só faltou falar! rs de tão aham...digamos, explícita, que se manteve durante todos os TRÊS ultrassons que fizemos para tirar a prova dos nove!) Bem, a neura das reconfirmações era por conta da viagem já marcada para Miami, para comprar o enxoval do bebê. E sem saber o "tema" exato, seria muito complicado além de.... branco! Num próximo post, eu dedico só sobre a minha aventura astronômica ao longo de sete dias na terra do Tio Sam, ou melhor dizendo "Papi Juan" (porque lá, americano é uma raridade! Solo hay muchachos caramba!!!!).

Bem, e está também definido o nome japonês de Sofia. Ela se chamará SOFIA AIKO. Aiko em japonês, significa Filha do Amor e no meu caso, uma justa e sincera homenagem a uma das pessoas mais importantes na minha vida, depois de minha mãe, minha avó, a Dona Aiko, mais conhecida por todos como "Batian", ou simplesmente "Bá". Minha Batian é uma das figuras mais incríveis que conheci na vida, e de certo, manterá sua poli-position por muitas gerações. Imigrante, chegou ao Brasil em 1930, aos cinco anos de idade com seus pais e irmãos. Desde cedo, cresceu na enxada, entre roçados e uma vida muito humilde. Casou-se aos dezoito, e teve dez filhos. Meu avô, um dos meus ídolos também e não mais entre nós, sempre foi um japonês rígido, inflexível e machista (ao final da vida, pôde se redimir de muitos atos arrependidos, mas sua bondade de coração superava qualquer atitude impensada). Com ele, esteve sempre ao lado, mesmo que por vezes contestasse calada, mas erguia a bandeira "Família em primeiro lugar" (e que até hoje o faz, mesmo que sozinha na empreita). Alfabetizou-se as escondidas, com a ajuda dos filhos enquanto eles estudavam suas cartilhas. Enfrentou a perda de dois filhos, do marido e vive em uma luta de décadas contra o diabetes, pressão alta, feridas nas pernas e complicações cardíacas. Mas com a doçura de uma gueixa e rigidez de um samurai, ela segue cumprindo cada dia com grande louvor.

Quem a vê não imagina a força interior que ela tem. Tive o privilégio de crescer com ela, enquanto minha mãe trabalhava em três turnos. E hoje, tenho o privilégio em dobro de poder compartilhar, as emoções da minha gravidez.Ela me cobre de conselhos, e como sempre, de cuidados.E sempre penso que o mínimo que posso fazer por ela em troca, é estar presente. E é o que tento fazer. Entre idas a um mercado, um shopping, aos passos truncados daquela pequenina senhorinha, estamos sempre perambulando pela cidade (bem agora, na medida do possível, afinal a 'pançudinha' aqui já não anda tão estável como antes rs). Minha maior alegria, certamente, será o momento em que eu colocar a Sofia nos braços de minha avó.E ela mesma diz que esse será o dia em que ela terá certeza do dever cumprido. Encho os olhos de imaginar...

Bem, a emoção de saber que trará ao mundo uma menininha é bem engraçado. Talvez mais engraçado pra mim, porque estava crente que aqui dentro carregava o Miguel na verdade. Apesar de Sofia sempre ter sido um nome escolhido, independente de estar até casada, quando soube que estava grávida me veio no ato que traria um menino. Talvez por eu ser muito molecona, não sei. Mas estava crente! A notícia da vinda da Sofia, ao contrário do que esperava, me encheu de alegria mas medo ao mesmo tempo. Pôr uma menina no mundo vem de quebra algumas preocupações naturais do dito 'sexo frágil'. Parei por alguns momentos comigo mesma, rezando para que ela fosse maliciosa o suficiente para que outros não a fizessem de boba, que ela aprendesse logo a dizer não, a se colocar em primeiro lugar sempre, a ser durona sem perder a ternura, a ser mais lider que liderada, enfim, tantos vãos pensamentos... foi quando percebi que desde já cometia o erro de querer nela tudo que em mim me é difícil. E entendi que mães não fazem por mal, mas por querer poupar os filhos de perrengues antes conhecidos... Felizmente logo despertei para o fato de que nada a poupar é possível, cada um aqui vem por uma razão e esta é intransferível. Em seguida me coloquei a rezar pedindo que eu então fosse apenas uma fiel companheira a testemunhar os passos dessa pequena, pelo longo caminho ainda a percorrer...

É, a gente aprende sempre... a diferença estão nos olhos despertos e no coração aberto...

Olha a Dona Aiko gente!

13/12/2010

Ansiedade e Insegurança | Comece a viver o presente


O ser humano é ansioso quando há algo em seu coração que ele quer ou teme e duvida que este algo irá acontecer ou tem medo que venha a acontecer. Podemos verificar que a ansiedade está sempre presente como algo do futuro. O ansioso não vive o presente. E o presente é a única coisa que temos para viver.

Como aqui na Terra, no nosso plano, temos uma linha divisória de tempo necessária à nossa evolução, o equilíbrio emocional e psicológico, portanto, espiritual, caracteriza-se pelas pessoas que vivem o momento presente.

Não me é possível viver no meu equilíbrio e aproveitar as diversas oportunidades que a vida me dá se eu não viver o meu momento de agora. Quando entro em estados de ansiedade, desequilibro totalmente minha capacidade de criar, de transformar e de propriamente conviver comigo. O ansioso não consegue conviver consigo mesmo. Está sempre num estado de angústia. Sempre está lhe faltando algo. Sempre está incompleto, como se a vida lhe devesse ou ele devesse algo à vida. É um estado de pré-ocupação permanente e aí não sobra tempo de viver em harmonia.

...Tenho sempre que me preocupar com o que há de vir. Não consigo me concentrar no que preciso fazer. Sinto que tenho em minha cabeça ou coração alguma coisa que me desvia do momento presente e me dá uma sensação de que posso perder alguma coisa importante.

Vivemos numa entidade vida: o universo. Ele não pára, está o tempo todo se movimentando, procurando o novo, o seu caminho. Você, eu, nós, temos a mesma dinâmica do Universo. Não paramos, estamos o tempo todo nos movimentando, buscamos o tempo todo nosso caminho. Fazemos tantas coisas, tomamos tantas atitudes, brigamos, sofremos e este caminho nunca chega... É verdade, o caminho nunca chega, pois o procuramos em lugar errado. O caminho está no seu coração. O caminho está dentro de cada um. VOCÊ É O SEU PRÓPRIO CAMINHO.

Ao fugirmos de nossa realidade interior e buscarmos na realidade exterior a explicação ou encontro de nosso caminho, esbarramos numa coisa por demais interessante, que tem dado a tônica ao nosso processo de vida: O OUTRO. Não podemos dizer que o outro é o vilão da história. O vilão é cada um de nós. O vilão é nossa crença. Mas o outro passou a ser nosso deus. Passei a viver a minha vida em função do outro. Podemos afirmar, sem receio, que a Ansiedade e a Insegurança só aparecem em nossas vidas quando elegemos o OUTRO como a coisa mais importante de nossas vidas. Vivo para agradar ao OUTRO. O OUTRO passou a ser o meu deus. Tudo o que faço visa agradar ao outro. Estudo, freqüento lugares, me visto com determinada roupa, vou a missas ou cultos religiosos, dou esmolas, fumo ou deixo de fumar, me drogo, desrespeito a minha sexualidade e tantas outras coisas mais, aceito modismos agressivos, em função do outro.

Imagine o que o outro poderá pensar de mim... Não, tenho que ter uma boa imagem com o outro... Ele/Ela não pode pensar errado de mim.... Se pensarem errado como vou ficar? Eu não agüento não agradar ao outro. Preciso ser aceito pelo outro. Sou carente, preciso ser nutrido pelo outro. Já pensou se o outro não ligar para mim? Eu não agüento...

Esta necessidade doentia e dispensável de agradar ao outro, tirou-me do meu caminho. Mas quem é que precisa agradar o outro? O meu ego precisa agradar ao outro. Se não é para agradar o outro, é até pior. É para competir com o outro... Preciso provar a mim mesmo e ao outro que sou bom, ou sou melhor, ou que também sou triste, patético, infeliz; mas infelizmente, muito próximo de nossa realidade terrena. Ao fugir do meu próprio destino e poder de decisão passei a criar uma série de necessidades do ego. Se preciso me mostrar para o outro ou ser reconhecido pelo outro, vou mostrar alguma coisa que impressione o outro e não necessariamente a verdade. Farei algo onde o outro possa ter uma boa imagem de mim.

É preciso mesmo de uma boa imagem perante o outro pois a minha imagem perante eu mesmo é a pior possível.

Esta necessidade de agradar tanto ao outro passou a promover em nossas vidas o surgimento de insegurança e ela é a geradora das ansiedades. Insegurança é um estado de abandono da fé, da fé em mim e da fé na própria estrutura do universo. O universo tem uma lei de harmonia, equilíbrio e justiça e esta lei foi feita para proteger tudo aquilo que existe no universo, inclusive a mim. Mas nós teimamos, há milhares de anos, em não entender ou praticar esta lei e viver na insegurança e a insegurança me leva à insanidade... me leva à má avaliação do fato, me leva a cometer erros infantis e me leva principalmente a ser infeliz.

Mas a coisa não pára aí. Eu sinto insegurança e ansiedade porque estou com culpa ou com medo. Normalmente, a insegurança e ansiedade aparecem, mas o pano de fundo normalmente é composto por culpa ou medo, e às vezes culpa e medo. Para poder lidar com a culpa e o medo o que preciso fazer, urgentemente, é me perdoar. Podemos entender que o Ego humano é um instrumento criado para nortear as relações entre os humanos, aqui na Terra e como instrumento falho que é está aqui-agora no nosso coração, porque a culpa e o medo estão presentes em nossos interiores.

O Ego surgiu por causa das nossas diferenças pessoais, numa época da humanidade, quando começaram a encarnar no planeta uma série de personalidades vindas das regiões mais diferentes do universo, para cumprirem aqui suas evoluções. Ao se defrontarem com culturas e conhecimentos diferenciados propiciou-se o medo nos corações e este medo gerou outras sensações como culpa, ansiedade e insegurança que são as energias que corroem as nossas maiores possibilidades de vivermos uma vida de paz, harmonia, amor e felicidade.

Sair desta armadilha do ego é uma questão de querer e de esforço pessoal. Posso sair desta armadilha na hora em que quiser ou querer continuar preso a ela. A escolha é minha.

Se quiser sair, uma dica vamos lhe dar: a falta de fé é o componente mais importante a ser superado. A falta de fé promove todas as doenças de nossa alma e comportamento. Praticar a fé é um desafio diário que temos a perseguir. Se temos a pretensão de melhorarmos, urgentemente, temos que abrir um espaço à fé em nossas vidas.

Tenho que treinar a fé, viver a fé, praticar a fé. Se sou Deus, onde está este Deus em mim que não vejo e não encontro?

Certamente Ele deve estar encoberto pelo ego, preso nas armadilhas da ansiedade, insegurança, culpa ou medo. Mas se prestar um pouco de atenção ao seu coração e escutar sua voz interior, certamente você irá SENTI-LO.




Irineu Deliberalli é Psicólogo Tradicional e Transpessoal/Xamânico
Atendimento individual ou grupos. Ministra cursos de Reiki, sistema Mikao Usui, Caminho Iniciático - baseado no Estudo dos 7 Raios e da Personalidade Humana na Psicologia Esotérica, canalizado diretamente dos Mestres Ascensos. Este seu artigo foi pubicado em http://www.somostodosum.ig.com.br/  

16/11/2010

"Tenho em mim todos os sonhos do mundo" (Fernando Pessoa)


A parte dos sonhos que todos nós naturalmente temos (uma casa melhor, um carro melhor, férias paradisíacas), estive pensando nos sonhos que vão além da posse, andei pensando naqueles que residem em mim na essência. Deparei-me com uma enorme lista, que me fez ganhar o dia, porque vejo que embora "gente grande", continuo tendo em mim, todos os sonhos do mundo...

Sonho de 'ser' FELIZ, não necessariamente 'estar' feliz todos os dias, mas sê-lo por princípio - ah sim, isso sim...
Sonho de ter SAÚDE pra dar e vender, fiado é claro! Quero ter o suficiente pra distribui-la a torto e a direito! E de brinde, um sorriso, um carinho.
Sonho de AMOR, além de tê-lo puramente, vivê-lo intensamente. Vida e Amor, como 1+1...
Sonho de ser MÃE - mãe batalha, mãe exemplo, mãe que ensina, mãe que aprende, mãe como a minha mãe...
Sonho de ter AMIGOS, de ser amiga. De contar com eles e de contarem comigo.
Sonho de mais CERTEZAS, mesmo que ainda 'meio incertas' - deparar-se com um "talvez", "quem sabe" ou "e se", vale muito mais que nada ter de volta.
Sonho de ter CORAGEM. De ser meu próprio porto onde se agarrar quando se está a deriva, com medo da tormenta. De não olhar pra trás e seguir em frente. E se avançar um dia, significar voltar em algum lugar do passado, sonho em ser HUMILDE o bastante, para fazê-lo.
Sonho de ter ORGULHO de meus passos, certa de priorizar o bem comum acima de tudo.
Sonho de manter a e continuar a mover montanhas, crendo que para tudo há um propósito maior.


Entre tantos sonhos que tenho, trago em mim o maior deles, o SONHO DE SER EU MESMA do momento em que acordo, até o último momento em que adormecer.

19/10/2010

O Maior Amor Do Mundo | Estou Grávida!



Barriguinha oficializada!

Demorei cerca pouco mais de um mês para escrever um novo post aqui no blog e nada melhor que o mês do meu aniversário, para publicar uma 'boa nova'. Com este post, eu celebro a vida, só que este ano, diferente...celebro DUPLAMENTE. Estou GRAVIDA!

No auge dos meus cinco anos de casada, dez de relacionamento, altos e baixos vividos, como qualquer casal (penso eu), esse bebê vem para iniciar de vez a nova fase em minha vida. Sabe aquele momento em que você vê tudo no seu caminho fazer sentido? Aquele momento de lucidez em que se entende a razão de ser de boa parte do que se passou contigo? Pois bem, vivo esse exato momento.

Quando soube, já estava de 06 semanas, foi um susto, confesso. Mas um susto que de imediato se converteu em graça, alegria e amor...É incrível como o despertar do tal amor incondicional por esse ser que se desenvolve bravamente aqui dentro, foi como causa e efeito. Colocar a mão na barriga, desde então, tornou-se um ato de carinho, de contato com 'ele ou ela' (com sorte saberei na próxima semana!). E o engraçado é que esta é a região que sempre lutei para que sempre diminuisse, hoje vibro por cada centimentro que cresce. =D

O dia em que descobri a gravidez, devo ter 'lido' umas 50 vezes o resultado positivo do teste de farmácia para ter certeza que estava correto. E o que mais interpretar, além de que se está 'verdadeiramente'grávida, quando a mudança de uma vida inteira se resumia em 'ler' dois tracinhos somente?!! Mas juro que 'lia e relia' aquele texto de dois traços... chorei, ri, chorei, gargalhei, chorei, pulei e logo parei porque no ato veio a mente que 'grávida não pode pular'!!! Meu Deus! Já tinha encorporado a novidade! Liguei para o marido, na tentativa frustrada de tentar convencê-lo de chegar mais cedo em casa sem abrir o bico... só que a voz embargada pelo choro da emoção contida, não foi capaz de esconder a noticia e contei ali mesmo. E meu marido chorou, riu, chorou, gargalhou, chorou, pulou e continuou saltitante do outro lado da linha! E desde então a nossa vida mudou...e que guinada boa!

Bom e mal a gestação 'oficialmente' deu inicio na minha vida e já me peguei chocada ao entender a matemática das semanas ao invés de meses, e descobrir que minha gestação pode durar até 42 semanas, e não 9 meses como achava que sabia até então...E o que achava besteira ficar em contas por semanas, hoje falo de boca cheia que estou de 13 semanas e 2 dias de gestação...que orgulho!

Passo horas horas a fio, imaginando como serão os olhos, os cabelos e a pele do filhote que vai chegar. E torço fervorosamente que puxe os meus olhos e o meu nariz, mas o sorriso do pai...só que com a minha covinha, é claro! E se puder vir de cabelos lisinhos (coisa de mulher!)... mas também, tem progressiva hoje em dia certo? =) Ah! O pé! Pelo amor de Deus! Que não puxe o do pai! rsrsrs Bom, mas também, qualquer coisa vai viver calçado! rsrsrs Brincadeira...no fundo, no fundo, só o que peço é que venha com saúde de ferro e alma boa. É tudo o que peço pelo bebê. Nada mais.

Sabe quando você decide comprar um carro e de repente, todos os carros da cidade são exatamente o que você escolheu? Pois é, hoje eu só, e reforço, EU SÓ vejo mulheres grávidas na rua! Sempre fui apegada com crianças, mas a quantidade também que me deparo, e me pego brincando sem mesmo conhecer, é gigante! Sou a prova via da lei da atração, posso afirmar. Ah, e falando em encontrar crianças, já não digo mais o jargão "ai, se fosse meu filho!" quando vejo uma tendo acessos de birra no corredor do shopping... agora mentalizo quieta "que o meu não seja assim, AMEM!"...

Outro aprendizado que julgava incapaz de tal proeza: ULTRASSOM. Eu consigo SIM reconhecer cada partezinha do meu bebê pela enorme mancha negra da tela do ultrassom! Simplesmente eu vejo e reconheço! Não vou negar que de primeira, dei uma 'simuladinha' afinal, eu que sou a mãe, tenho a obrigação de reconhecer meu nenem na telinha né, pô! kkkkk Mas foi mais alguns minutinhos e já havia decodificado os sinais e hoje, até arrisco dizer que tem os meus traços... kkkkk

E a emoção de ouvir aquele coraçãozinho bater acelerado, todo valente, naquele 'breu' total dentro da minha barriga... tão pequeno e tão voraz. Foi o primeiro sentimento de orgulho do meu bebê (e pensar que ainda virão tantas e tantas outras razões de morrer de orgulho por esse serzinho)...

Agora, e a vontade de ter um aparelho desses em casa é absurda! Devia vender nesses televendas da vida! Tipo o AB Tronics sabem?! Eu compraria fácil!Porque a ansiedade pelo dia do próximo ultrassom é algo tipo a bendita Caloi Ceci que minha mãe me prometeu certa vez era Janeiro e a data da entrega... no NATAL!!!! Socorro! O próximo, será dia 25 da semana que vem, e possivelmente saberei se será o MIGUEL ou a SOFIA....

MIGUEL ou SOFIA... esses são os nomes já escolhidos.Ainda tenho que definir os nomes em japonês, pela tradição da minha família. Mas os principais estão decididos...se menino MIGUEL, o Arcanjo, o senhor dos anjos, o 'assessor' direto de Deus. Meu guardião, meu anjo protetor. Sempre fui muito ligada em anjos, acredito muito neles, e acredito de verdade que eles vêm em forma de pessoas especiais na nossa vida (quer nome melhor?!). E, se menina, será SOFIA, nome de princesa, de origem grega que quer dizer sabedoria. Eu tenho uma relação muito forte com a simbologia de princesa, conto de fadas, sonho de menina mesmo. Não poderia ter nome melhor também.

Bem, outra coisa, como ando lendo... se não sair uma expert em gravidez, lactação e maternidade, a fluência no português (se ainda não havia atingido) será certeira! Leio, leio, leio tudo que me indicam e emprestam. E é um tanto confortante ver que os sintomas são praticamente os mesmo e não se sentir sozinha pelo simples fato de encontrar alguma situação familiar pela páginas. Aliás, sensações é a palavra de ordem de uma gestante. Você se sente muito esquisita e descobre uma incrível capacidade de sentir todas as emoções em uma hora, da alegria descontrolada ao mau humor sem fim, choros desmedidos, enxergo poesia e blues nas mesmas coisas, de forma alternada e insandecida!

Ainda acordo algumas vezes de madrugada para fazer xixi, embora tenha já reduzido recentemente - graças a Deus! Porque bexiga frouxa e horário de verão, definitivamente, não combinam! A vontade de comer (diferente de fome, atenção!) não passou...mas está sob maior controle agora. Certamente, uma pessoa que vivia de dieta o tempo inteiro, quando se viu em uma situação em que é possível (e importante) comer de tudo um pouco, acho que acabei me atendo ao "de tudo" e esquecendo o "um pouco"...rs

Bem, era isso que queria dividir com vocês... isso tudo... tudo isso... sei que estou publicando aqui, um punhado de frases desconexas, mas ordenar tantas mudanças e sentimentos novos, é ainda muito dificil para mim. Com o tempo acho que vou melhorar as escritas sobre este tema. Até lá, me desculpem se continuar a publicar novos punhados de palavras. Ok? =)

Diante de todo esse turbilhão, só tenho a agradecer a Deus por essa dádiva que achava levar mais tempo para conseguir (e me empenho em ser merecedora de tamanha benção, todos os dias, Ele sabe disso) e ao meu marido, o único homem capaz de me presentear com tamanha alegria.

Um grande beijo a cada um de vocês,

da Van e do 'Bebê'...

27/08/2010

A Ciência da Alma



Hoje, 27 de agosto, é dia do psicólogo. O profissional de psicologia é, como o próprio nome da teoria sugere, um conhecedor da mente humana. A palavra deriva do grego e significa psyche (mente ou alma) e logos (conhecimento), ou seja, "ciência da alma": sua definição mais antiga.

Muitas pessoas têm vontade de fazer uma psicoterapia, mas o preconceito e a vergonha de perguntar, as impedem muitas vezes de procurar um profissional. Quantas coisas de que realmente gosta você tem feito nos últimos dias? Ou está sempre buscando agradar aos outros, esquecendo-se de si mesmo? O quanto você se conhece? Essas são apenas algumas perguntas que muitos ficam confusos ao responder, pois tendemos a não nos conhecer interiormente.

A Psicologia, com suas técnicas científicas, pode realmente ajudar as pessoas a viverem melhor, pois o objetivo maior é o autoconhecimento. É preciso deixar claro que quando se procura um profissional, ele não está lá para dar conselhos, julgar, dizer se você está certo ou errado, mas sim para pensar junto e ajudá-lo a chegar na verdade, em quem você realmente é. O importante é procurar e encontrar (é claro) um profissional que lhe faça sentir acolhido. Isso pode levar tempo, é natural. Então não desanime!

Infelizmente, o preconceito mistura-se com a ignorância, fazendo com que muitos deixem de se beneficiar do trabalho terapêutico. Participar deste processo ainda é considerado "coisa de louco" quando, na realidade, a alienação de si mesmo é que se torna um dos grandes geradores de conflitos. Lembre-se que procurar ajuda terapêutica é um sinal de coragem e maturidade. Não de fraqueza, como muitos acreditam.

A todos os 'Cientistas da Alma', meus parabéns pelo seu dia! E agradecimentos sinceros pelo muito que já fizeram por essa 'alma' aqui! ;)

22/08/2010

SIMPLES E MUITO BEM EXPLICADO



Sou a favor do meu país. Independente de partido, se direita ou esquerda. Sou pelo justo, pelo adequado. Acredito no mérito batalhado, conquistado pelo suor próprio, nada alheio. Recebi este texto dias atrás e acho válido, no mínimo uma pausa para a reflexão. Sem discordar da necessidade de melhora das condições de vida de todos os brasileiros, temo muito pelos milhões de beneficiados das “Bolsas disso ou daquilo", distribuídas a torto e a direito, responsáveis pela 'escora' descarada de uma porção de pessoas por este Brasil, já vivendo sem trabalhar...

Simples e bem explicado...

Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma classe inteira.

Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo. O professor então disse: ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas. Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam justas.

Com isso ele quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A"... Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam "B".

Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado. Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média das provas foi "D". Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um "F". As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram o ano... Para total surpresa !!!

O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foi seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado.

"Quando a recompensa é grande", ele disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."

01/08/2010

Houve um Tempo de Gentileza



Houve um tempo em que as pessoas tinham mais calma, mais respeito e mais consideração. Houve um tempo em que as pessoas eram de fato, pessoas. Hoje, zelar por seus próprios princípios e valores pessoais, tornou-se virtude, ao invés de dever comum. A justificativa em geral, norteia a escassez de tempo, isso é sabido. Mas esses dias, ouvi de uma pessoa o seguinte: "...e tem aquele povo que vive me cumprimentando, mas finjo que não ouvi, porque não conheço né...vai saber..." 

Pergunto-me de quem foi a idéia de difundir essa 'regra' social em que se ignora alguém que não se conhece, a ponto de não ser 'adequado' sequer responder a um 'bom dia'? Parei para pensar sobre o assunto e lembrei de diversas vezes que ficava com meus 'bom dias' ou 'olás'ao vento, porque simplesmente os havia direcionado a pessoas 'estranhas'. Aos interessados, é fácil reconhecer esses 'estranhos' na rua - geralmente possuem atitude introspectiva padrão, retraídos em linguagem verbal e não verbal, blindados a qualquer tipo de contato vindos 'do desconhecido'. Seu habitat, via de regra, localiza-se nos grandes centros urbanos. Para se viver em harmonia entre eles, é fundamental seguir um único mandamento de convívio que rege o seguinte: "prometo-não-notar-que-você-existe-se-me-prometer-fazer-o-mesmo".

Passei o final de semana no interior de São Paulo, cidade de Porangaba, distante cerca de uma hora e meia da capital. É incrível a aproximidade de todos da cidade. Durante a viagem, falava com meu marido sobre esse assunto e chegando a cidade, pedi a ele que, como teste, buzinasse aos pedestres cumprimentando com um breve asceno. Simplesmente 100% das manifestações foram correspondidas, inclusive algumas, acompanhadas de um largo sorriso. Ninguém ligava se conhecia ou não. Só se importavam em ter a consideração de corresponder ao gesto. Provavelmente, o índice de escolaridade da maioria na cidade não deve passar sequer do primeiro grau completo. Isso prova que exercer a cidadania, está exclusivamente ligado a formação do caráter de cada um.

Vivemos cada vez menos em comunidade. Criamos laços frágeis com as pessoas. É preciso voltar a nos atentar as pequenas gentilezas e compreender que esse é o primeiro passo para a reabilitação da sociedade indiferente em que vivemos.

13/07/2010

Pietra, nossa eterna sentinela

Essa semana em especial, lembrei muito de minha cachorra que faleceu em 2007. E decidi dedicar este post a ela, seu nome, Pietra.

Da raça Lhasa-Apso, originária do Tibete, com mais de 800 anos de história, os cães lhasas eram tidos como “Sagrados, refinados e exclusivos. Considerados divinos pelo budismo antigo. Era sinal de distinção e nobreza ser presenteado com um deles. Era uma honra reservada para poucos”. Historiadores mencionam que Lhasa Apso é o significado para 'Cão Leão Sentinela que Ruge'.

E com toda essa herança cultural, esse pequeno ser, uma verdadeira bolinha de pêlos, chegou em minha vida. Quando fui escolher o meu filhote, só tinha certeza de que seria uma fêmea. Morava com minha mãe e irmã, e um 'macho' na casa, quebraria a 'sintonia hormonal' que lá habitava... Dentre alguns punhados de pelinhos saltitantes que o criador me apresentava, ela veio por último, quietinha, ressabiada, mas exibindo um astral zen marcante, que me ganhou no ato em que quebrou toda aquela sobriedade aparente, com um apaixonante abanar de rabinho... Era ela... a minha Pietra!

Em uma casa em que sempre teve cães de grande porte e por consequência, habitantes exclusivamente do quintal, foi uma ousadia e tanto, trazer a Pietra ao lar. Principalmente porque não havia avisado ninguém... mas foi ela chegar que pronto, lá estava ela, assumindo posto de integrante da família!

A razão de ter comprado um cão, foi para preencher um vazio recente, a perda do meu avô materno. Essa foi a missão da pequena que, mesmo sem ter explicado a ela, simplesmente abraçou a causa e preencheu literalmente o dia de todos, com seu carinho e companhia incondicionais.

É inegável que um animal criado dentro de casa, perto de nós, se torna, um de nós. Só tendo um para entender exatamente o que escrevo aqui. Ele absorve o comportamento do ambiente, das pessoas e não importa quantos vivam na casa, ele elege o seu dono. Eu fui a sua escolhida, assim como eu a tinha escolhido. Nossa relação era de indescritivel sintonia. Ela sabia SIM quando estava triste, feliz, brava, tudo, tudo ela sabia. Ela interagia comigo, com latidinhos de incentivo, rosnados de repreensão, trazia o 'bichinho' de estimação dela para dividir comigo um momento de descontração, depois de um dia atribulado.

Tenho uma irmã deficiente auditiva, e é pena nunca ter filmado isso, mas quando ela ficava em casa sozinha com a Pietra, ao tocarem a campainha, a cachorra ia atrás dela e latia fixo para ela até entender que alguém estava no portão. Me emociono muito só de lembrar disso.

Minha mãe era geralmente a última a chegar em casa. E sentava no sofá da sala para assistir um pouco a tv até pegar no sono. E lá estava também a Pietra, deitada a seu lado, até mamãe subir e ela então ir ao meu quarto para encerrar seu dia de fato. Era incrível. Ela gerenciava literalmente todo o movimento da casa. Até na organização ela dava seus pitacos! Quando via, por exemplo, shampoo no chão do banho, ela latia até alguém ir retirar e colocar no local correto. Ela era uma incansável sentinela, zelando para que nada saisse do lugar ou corresse de forma não conforme ao que deveria normalmente ser.

Ela esteve em momentos marcantes na minha vida. Foram 08 anos de dedicação uma com a outra, uma pela a outra. E sempre, com o maior prazer do mundo. Pietra faleceu de câncer de mama, mas encaro o seu tempo conosco, como sendo o período que tinha de ser. Ainda sonho com ela, vez em quando, e acena é sempre a mesma: ela correndo a meu encontro, com seus pelos longos e orelhinhas ao vento. A falta que me faz, que nos faz, é muito grande ainda e acho que não será menor jamais. Mas apesar do pesar, me sinto uma pessoa abençoada por ter testemunhado a presença de Deus em mais esta forma na minha vida.

Pietra...nossa eterna sentinela...

03/07/2010

Ir e Ver

Olá! Peço desculpas pela demora em postar algo novo por aqui, mas estive com uma enorme gripe que me impediu de me concentrar em algo para escrever aqui. Este é um blog que trato com muito carinho, e prefiro atrasar alguns dias a mais, que publicar qualquer coisa não é mesmo?
Espero que gostem! Grande beijo! =)

*=*

Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por sí, com seus olhos e pés, para entender o que é o seu. Para um dia plantar as próprias árvores e dar-lhes o valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveriamos ser alunos, e simplesmente ir ver.

"Não há como não admirar um homem - Cousteau, ao comentar o sucesso do seu primeiro grande filme: 'Não adianta, não serve para nada, é preciso ir ver' II faut aller voir. - Pura verdade, o mundo na TV é lindo, mas serve para pouca coisa. É preciso questionar o que se aprendeu.É preciso ir tocá-lo." AMYR KLINK

Acho que gosto tanto de viajar como macaco gosta de banana...se pudesse faria uma por semana. Não importa se dentro do país ou fora dele. O ritual de fazer a mala, planejar o roteiro e simplesmente 'ir lá ver', é fascinante! Pode até ser um famoso 'bate-e-volta', saindo de manhã bem cedo e voltando de noite. Respirar ares novos, e mais que isso, vivenciar uma experiência diferente do seu cotidiano, é fantástico. É único. E deve ser registrado.

Gosto muito de fotos, e adoro fazê-las um meio de mostrar o que percebo nessas aventuras que me coloco vez em quando. Aí vão algumas de minha idas e vistas...


Brasil: meu país diverso.

França: romance e bucolismo em cada milímetro.

Suíça: ares Vintage envolvem e apaixonam.

Nova York: a cidade dos sonhos de cada um.

22/06/2010

O Universo: nosso incansável vigilante

Incrível como o Universo conspira, incessantemente, a nosso favor. Hoje pela manhã, estava conversando com meu marido sobre a minha nova empreitada, em que voltei a estudar, para me tornar designer de interiores. Após longos anos no mundo corporativo, decidi me dedicar a este projeto que transcende a realização profissional: é a minha realização como pessoa.

Muitos aspectos foram analisados: tempo sem ser remunerada, tempo investindo dinheiro e o tempo propriamente dito, durante minha nova formação. Ainda a insegurança do 'novo', os julgamentos verbalizados (e os não-verbalizados também) na 'qualidade' de madame - o que definitivamente não é - enfim, diversos pontos foram refletidos, alguns já resolvidos e alguns que, volta e meia, vêm a tona para testar minha decisão. Mas ela está tomada, consolidada, e estou muito feliz!

E voltando ao Mr Universe então, eis que 'ele' decidiu se manifestar para endosso do decidido. Lendo os blogs diários que sigo sobre design interior e afins, me deparei com o post abaixo, escrito por Vivianne Pontes, autora do blog Decoeuração, que compartilho com vocês para servir de inspiração a todas as decisões pendentes que 'por acaso' possuam.

Enjoy it! =D



"A matemática e os gráficos me ajudam muito. A escolher trabalho, a resolver questões pessoais, e até a convencer marido a devolver algo pro lugar de onde tirou. Às vezes a conta é bem simples. Se você trabalha 40 horas por semana, passa pelo menos 35% do seu tempo acordado trabalhando. Se o trabalho não te agrada, é o mesmo que dizer que você passa pelo menos 35% do seu tempo não muito feliz. E os outros 65% se lamuriando por conta de um trabalho que te esgota.


Só que a busca pelo que a gente gosta pode ser mais demorada que os 17, 18 anos que nos dão até o momento da decisão, até o vestibular.


Eu me formei em Farmácia, profissão que tem tanto a ver comigo quanto um batom tem a ver com um tatu. Mas por que não fiz outra coisa? Porque não abandonei o curso pra fazer algo que tinha mais a ver? Resposta simples: aos 17 anos eu não fazia idéia do que queria fazer. Nem aos 20. Nem aos 25. Eu demorei 30 anos pra encontrar algo que eu gostasse e que pudesse ser transformado em profissão. Mas quando encontrei, uau! E porque decorar é algo que eu gosto de fazer, e pelo qual posso ser paga, voltei a estudar, pra aprender a fazer melhor. E conto isso porque acho que devo a vocês a paixão pela decoração.


E qual é a minha dica pra encontrar o que você gosta de fazer? Faça de conta que é um detetive: sua missão é documentar e observar o mundo ao seu redor, como se você nunca tivesse visto antes. Tome notas. O que você mais gosta de ver? E de saber? Documente achados. Perceba padrões. Copie. Trace. Foque em uma coisa de cada vez. Cometa erros de avaliação. Aprenda com os erros. E perceba, no final, que a sua escolha é mais natural do que você pode imaginar.


Ah, e uma vez feita a escolha, bora estudar, que conhecimento não cai do céu, e o que diferencia um hobby de uma profissão é o comprometimento, o profissionalismo, e o domínio da técnica. Isso junto é que vale dinheiro. Porque você quer ser feliz, mas quer ser capaz de pagar suas contas, né não? #fikdik"

Vivianne Pontes é autora do blog Decoeuração
Website: http://www.decoeuracao.com.br/
Twitter: @vpontes

19/06/2010

Aonde foi São João???



Acho que deve fazer parte da minha 'persona-antiqua', apesar dos meus míseros trinta-e-dois aninhos de idade (permita-me dizer!), mas ando vendo que o conceito de 'tradição' há muito, se perdeu no tempo.

Estamos em época de festa junina, e não me deparo tanto com aquela porção de criancinhas lindas pela rua, 'fantasiadas' de Sinhozinhos e Nhazinhas, como via anos atrás. Recordei que no ano passado fui em uma festinha junina de um 'sobrinho-adotivo', que me deixou chocada. Primeiro que a trilha sonora se resumia entre Kelly Key e Calcinha Preta (pasmem! Era festa da turminha primaria!). Depois as gincanas, que passavam longe de pescaria e corrida do ovo na colher, passando a torneios de Wii e coreografias eufóricas em tapetes eletrônicos!

Como uma boa 'tia' participativa é claro, fui a caráter e passei "O Carão", quando as outras 'tias' e mães se depararam com algo tipo monitora de acampamento infantil travestida de Nha Benta! Eu, no caso... :) 

Bem, chegada a hora da Miss Caipirinha! Jesus me abana! Nunca vi tanta sexualidade em tantos protótipos de gente. Meninas de 12, 10 e 7 anos, desfilando rebolantes, enquanto marmanjos distribuiam 'fiu-fius' como que para musas da Playboy em cena! E quanto mais novinhas, mais assovios de prêmio! Choquei. As pequerruchas faziam caras e bocas, sem sequer (e assim espero) saber o que estavam ensinuando! E de caipirinha, N-A-D-A! Uns trajes auto-colantes pelo corpinho ainda em formação, olhinhos marcados por maquiagem carregada que eu mesma mal faço em festas a rigor! Praticamente pequenas Beyonces e Shakiras, pra lá e pra cá.

Aquele dia saí totalmente pensativa, querendo saber aonde foi parar todo o sentido da 'tradicional' festa junina. Não me ative a perguntar as crianças alí, o que era para elas o sentido daquele evento, porque acho que na verdade, tive era medo da resposta.

Nada contra a febre do entretenimento (barato) que a TV impõe na sociedade, principalmente, na criançada. Cada um com seu ganha-pão, fazer o quê. Mas convenhamos: ao menos as escolas poderiam zelar pela preservação da cultura do país, promovendo manifestações como a festa junina, na sua forma mais íntegra possível. São raros os momentos em que nos permitimos vivenciar tais resgates, e é papel de insituições como a escola E A FAMILIA, apoiar esse movimento.

Dançar Quadrilha, correio elegante, bandeirolas, guerrinha de biribinha, barraquinhas de cachorro-quente, quentão e pipoca... ganhar latas de sardinha e caderno de brochura como prenda, corrida de saco, pescaria e dança das cadeiras... vai me dizer que ao menos uma vez no ano, não é gostoso se permitir a brincadeiras tão simples e inocentes como essas?!

11/06/2010

Amar é... ser capaz de se divertir com pouco!


Há quanto tempo você não escreve - a próprio punho - uma carta de amor? Aquele bilhete deixado de surpresa nas coisas da pessoa amada, ainda com as rebarbas da folha arrancada do caderno...Aquelas balinhas de recadinhos inocentes, que arritimavam o coração ao encontrar uma no estojo sobre a carteira...Eram toques sutis e cheios de significados. Vivemos uma era fascinante da tecnologia, mas é preciso fazer perdurar através dos tempos, atitudes simples e pessoais como esta.

Aos enamorados de plantão - como eu - dedico o vídeo abaixo do filme Simplesmente Amor, um dos blockbusters que não canso de assitir, me emocionar e me inspirar, é claro!

No dia dos namorados, deixam de lado a ostentação e apreciem os pequenos gestos, um dia no parque, um filme no sofá, um recadinho na geladeira... e amem, amem muito!



Cenas do filme Simplesmente Amor (Love Actually) / Trilha Love is All Around (R.E.M)

02/06/2010

Tudo tem um porquê, mas não pare no tempo por isso.



Não importam os meios, todos os caminhos nos levam a um só lugar: evoluir como pessoa e espírito. Isso vai além de qualquer religião ou crença. O que difere cada um de nós, é a forma e o tempo que se leva para assimilar esse fato inevitável.

Crer que tudo tem a sua razão de ser, não significa - de forma alguma - acomodar-se, conformar-se, em outras palavras, estaguinar-se. Significa aguçar ainda mais os sentidos para que, de forma ágil e inteligente, sejamos capazes de identificar a 'etapa' a ser concluída. E engana a si mesmo, quem põe a escanteio aquelas etapas mais duras de encarar, porque assim, só estará retardando a própria evolução.

"Penso, logo existo"(1) requer ação, para que seus pensamentos e existência não seja em vão.

Na Índia, são ensinadas as "Quatro Leis de Espiritualidade"(2)...

A primeira diz: "A pessoa que vem é a pessoa certa"
Significando que ninguém entra em nossas vidas por acaso, todas as pessoas ao nosso redor, interagindo com a gente.......sim.......há algo para nos fazer aprender e avançar em cada situação.

A segunda lei diz: "O que aconteceu? A única coisa que poderia ter acontecido”
Nada, nada, absolutamente nada que nos acontece na vidas poderia ter sido de outra forma. Mesmo o menor detalhe. Não há nenhum "se eu tivesse feito tal coisa ..., aconteceu que um outro ...". Não.O que aconteceu foi tudo o que poderia ter acontecido e foi para aprendermos a lição e seguirmos em frente. Todas e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas são perfeitas.

A terceira diz: "Toda vez que você iniciar é o momento certo"
Tudo começa na hora certa, nem antes nem depois. Quando estamos prontos para iniciar algo novo em nossas vidas, é que as coisas acontecem.

E a quarta e última: "Quando algo termina, ele termina"
Simplesmente assim. Se algo acabou em nossas vidas é para a nossa evolução, por isso é melhor sair, ir em frente, seguir em frente e se enriquecer com a experiência.

Acho que não é por acaso que estão a ler isto, se este texto vem a nossa vida hoje, é porque estamos preparados para entender que nenhum floco de neve cai no lugar errado!


(1)"Penso, logo existo" conclusão que o filósofo e matemático René Descartes chegou após duvidar de sua própria existência.
(2)Texto recebido de Maria Lucia Schneider, minha amiga, Nina.

29/05/2010

Afinal, o que é uma vida interessante?



Recebi um texto da jornalista e escritora, Martha Medeiros, que me inspirou a querer administrar ainda melhor 'cada tic e cada toc' do meu relógio, dia a dia.

Alguns sabem que fui uma workaholic por anos e que por muito pouco (mesmo) não tive sequelas físicas, 'consequentes do ritmo inconsequente' que predeterminava cada um dos 365 dias/ano de trabalho, que marcavam meu calendário - sim todos, sem exceção, eram dias de labuta, sob a minha ótica.

Sem tempo para lazer, família, amigos; e pior ainda, sem tempo para mim mesma. Levei esta vida por pouco mais de uma década, quando em mais um novo corte de 'custos' na companhia, foi então a minha vez.
Mas não me arrependo de nenhum empenho dedicado ao meu trabalho, apesar de ter ultrapassado os limites de minha saúde física, mental, emocional e até espiritual. Continuo crendo que nada satisfaz um artista, por mais grandiosa que seja sua obra, se ela não for feita com dedicação, empenho, paixão. A diferença é que hoje entendo que só não devo torná-la uma obsessão, a ponto de fazer a 'tripa a coração' sem saber a quem, a quê, tampouco o porquê...

(...)Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres. Primeiro: a dizer NÃO. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

(...)Você não é Deus. Você é, humildemente, uma pessoa. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

(...)Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinho na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias! Tempo para uma massagem. Tempo para ver TV. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas.Voltar a estudar. (...)Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizado e profissional, sem deixar de existir. Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal. Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

(...)O homem moderno anda muito antigo.Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for um executivo ISO 9000, não será bem avaliado. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesmo, privilegiar cada pedacinho de si.

(...)E descobrir (...) uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'

Martha Medeiros, jornalista e escritora (Texto na Revista do Jornal O Globo)

23/05/2010

Dois inteiros, não metades!


Conversando com uma amiga hoje, falavamos sobre relacionamentos. Rompimentos e reatamentos. Interessante como o 'processo', por assim dizer, é exatamente o mesmo: tem a fase "quebra-barraco", a fase "me perdoa pelo amor de Santa Maria Madalena Arrependida", a fase "te conheço?", a fase "nunca mais vou respirar se você não me ligar"...a diferença está na 'fase' de maturidade em que estamos, que distingue a forma de enxergar a situação e assim, a atitude adotada para lidar com ela. 

Bom, mas o caso é que chegamos a conclusão de que não existe a "metade da laranja", a "tampa da panela", "tijolinho da construção"(aff...) ou qualquer outro nome que melhor represente a 'geometria' de uma parte complementando uma segunda parte. Enquanto acharmos que a felicidade só se complementa quando (e se) encontra-se a tal 'outra' parte, o 'outro' pedaço, jamais nos sentiremos completos de fato, porque estariamos sempre esperando por algo alheio a nós mesmos, buscando a almejada (e ilusória) satisfação. Sem contar na incessante expectativa sobre o que não há como ser gerenciado, gerando repetidas frustrações - ora pequenas ora maiores - porque simplesmente, não está em nós, mas no 'outro'.

Então não devemos esperar nada de ninguém? Sim, nada. Descrente de todos? Não, não é isso.

A questão é que devemos nos preocupar em sermos UM INTEIRO, para só então poder encontrar UM OUTRO INTEIRO. A harmonia do relacionamento se estabelece quando DOIS INTEIROS se unem e caminham juntos. Complementar um ao outro não está em preencher lacunas, mas em proporcionar vivências que enriqueçam cada um, como pessoa, individualmente, estabelecendo o relacionamento propriamente dito. Do contrário, o que se tem são duas pessoas vivendo 'isoladamente lado a lado'.

Pensemos assim: se se sente feliz, completo, porque acredita piamente ter encontrado sua 'outra metade', o que será de você, se seus outros '50%' te deixar amanhã? Seja por outra pessoa (olha só! quer dizer então que podem haver outras metades?!hum...) ou de repente, como estamos todos fadados um dia, seu 'outro' pedaço venha a falecer. Não é preciso ser nenhum brilhante matemático para concluir que estará condenado para o resto da vida a ser uma meia-pessoa. Nada será suficiente, viverá no razoavelmente mediano.

Ao ponto em que, uma vez estando consciente de que É SIM UM INTEIRO, estará sempre preparado para ser 100% a tudo em sua vida e seus relacionamentos.

Afinal, não é o que todos procuram? Um relacionamento desfrutado por INTEIRO? Não há nada pior para a consciência, que sair de uma relação sem a clara noção de ter sido INTEIRO durante o tempo que durou, e não metade.

14/05/2010

Escultor de tua propria forma.



Ser escultor de tua propria forma. Quantas vezes permitimos ser moldados, ao inves de criar nosso proprio e unico molde? Seja pela necessidade daquele emprego, ou de ser aceito por um grupo X, ou simplesmente, de sentir-se 'parte'...Tornar-se E manter-se fruto do desejo do outro, garante alem de tudo, a auto-estima aniquilada, inexistente. E de quebra, um dia de vida a mais, totalmente, a toa.


"Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim." (Charles Chaplin)

04/05/2010

Minha mãe, ALICE...


Como estou indo viajar e passarei o dia das mãe longe da minha, adianto este post como sendo o "especial do dia das mães".

Bem, minha mãe não deve ser diferente da sua, porque a minha é a melhor mãe do mundo: a sua também, acertei? Pois bem, sendo nós, filhos "da melhor do mundo", posso afirmar que somos todos, sem exceção, abençoados. Primeiro pelo óbvio, termos sidos presenteados com a vida. Boa ou ruim (na concepção de cada um), nós a temos, a vida. E vivemos. Segundo que, mesmo não sendo 'ainda' mãe, é impressionante como 'mãe' aflora um sentimento tão confortante, tão seguro, tão amoroso, que mesmo que tivesse nascido homem, saberia senti-lo perfeitamente. Mãe é um sentimento universal. É nosso ponto de partida para tudo o que somos hoje e ainda seremos amanhã. Nossa referência, nosso norte.

Por ocasião de um destino, a minha se chama ALICE. Aproveitando que está super "in" falar de ALICE, eu tenho uma em minha vida. Da mesma forma, como a personagem, sonhadora, corajosa, descobridora de si mesma. E de um jeito bem desconsertado e subconsciente, eu me espelho nela. E gosto, muito, disso. Mas não é fácil. Tenho que não arredar o pé, enquanto não conquistar o que desejo com sabedoria, humildade e bondade incorruptiveis é pra poucos. Essa é a minha ALICE. A Dona ALICE, como é conhecida.

Uma japinha de 1,5m, 'fogo-no-zói' como diz-se lá em casa. Folego e coragem de uma Leoa. Não se dá por vencida diante a nenhuma adversidade. Pode chorar sim, vez ou outra, quem não chora? Mas se reergue, mais forte que nunca. E enfrenta. E vence. E se não vence, aprende e traça uma nova estratégia para o que há por vir.

Essa é minha ALICE em seu mundo de maravilhas. Alguém que muda de tamanho diversas vezes durante um só dia, gigante diante dos problemas, minúscula para acolher alguém necessitado, e assim segue fazendo suas próprias escolhas e deixando suas pegadas, para que possamos segui-las. Nem ela mesma sabe o tamanho da importância de sua própria existência, na vida de quem ela passa...

Mãe, eu te amo por tudo e por mais um tanto...

28/04/2010

Viva de paixões e se dedique totalmente a elas

"Ninguem se importa se você não dança bem. Apenas levante e dance. Ótimos dançarinos, não são ótimos por conta de sua técnica, eles são ótimos por conta de sua paixão."
(Martha Graham - Imagem extraída do site de Garr Reynolds)


A busca pelo preciosismo nas menores coisas, até pouco tempo atrás, acreditava ser uma grande virtude. Tinha uma obcessão incontrolável pela perfeição em tudo que norteava a minha vida: trabalho, marido, família, amigos, vizinhos, tamanha ela era que me pegava diversas vezes decepcionando alguém (quando não, a todos) e então a mim mesma. Tudo errado. A começar pela hábito de viver pelas expectativas alheias - a famosa necessidade de agradar o outro (quem inventou essa @%$*#?!!) - era uma busca incessante, pelo menos até travar as costas, criar uma gastrite aguda, ter choros inexplicáveis, tristezas infundáveis ou outra manifestação 'psicossomática' do tipo que, obrigatoriamente, suspendia essa missão impossível por um tempo, até 'achar' que já estava ótima para retomar tal propósito da minha existência, que tinha determinado (não sei quando) ser de fato.

Viver pelo outro pode soar 'nobre' de nossa parte, mas helloooo, acredita ainda em 'sangue azul'? Então, God save the Queen, você e os duendes!

Continuar na empreita de buscar a perfeição plena e absoluta, é correr atrás do próprio rabo, viver na estaca zero, colecionar um album repleto de frustrações e por fim (e esse será mesmo 'O Fim'), concluir que não é capaz de fazer nada bem feito.

Não importa o que determine fazer no momento em que acorda. Corra pelado, trabalhe até altas horas, ajude uma velhinha a atravessar a rua ou simplesmente passe o dia vendo TV. Não importa. Desde que seja a SUA escolha, exclusivamente SUA. SEU DESEJO, SUA VONTADE. E aí sim, SE DEDIQUE a isso da melhor maneira possível. O que VOCÊ DETERMINA, merece sua total PAIXÃO nisso.

E se, ainda assim, lá no fundinho do seu coração, vir aquela tímida perguntinha do tipo 'será que vão gostar?'...ok...ok...acontece. Bem, pode ter certeza de que QUEM REALMENTE SE IMPORTA CONTIGO, vai SIM, e muito. Porque verá em você alguém realizado, contente, determinado, 'pra cima'! Quanto aos demais (aliás, dizem que tudo que é 'demais' não faz bem não é mesmo?), pense que ao menos terão dois cotovelos para revezar a dor da inveja. E torça para que estes 'anjinhos-contrários' se inspirem na sua atitude de auto-priorização e um dia façam o mesmo.

Lembrei daquele quadro do Faustão "Se vira nos 30" ou mesmo aquele programa "Ídolos". Chegam a ser descobertos grandes talentos para a indústria do entretenimento, é verdade. Mas concentremos naqueles que vão lá, sem a menor chance (por assim dizer) de ter sucesso. Um passa 30 segundos assoviando o periquito albino da malásia, outro canta entre desafinos e passos desritmados "Uíananou", mas e daí? Ninguém quer aparecer em rede nacional ou internacionalmente no You Tube, para pagar um 'gorilão' desses, porque quer. É claro que, 'talvez' ainda precisem aprimorar mais para 'chegar lá', mas o importante é que acreditaram em si mesmo, na suas respectivas paixões e deram um passo a frente.

A vida só tem graça a quem se arrisca a ser tudo o que quer ser. Deixe sua assinatura em tudo que fizer. Seja você em todas suas ações. Se alguém vai aplaudir ou não, o problema é desse alguém, e não seu.

Passei muito tempo evitando muitos micos, agora quero viver de pagar KING KONGS!

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26/04/2010

Lá em casa, no quintal!


Esse final de semana foi aniversário de minha priminha-sobrinha (é assim que chamamos os filhos de nossos primos?) Luiza, que completou 2 aninhos.

Fiquei pensando em como (e como!) o perfil dos aniversários infantis se transformaram ao longo dos tempos. Ok, ok, ter uma diferença 'singela' de 30 anos entre a pequena Luiza e eu, chega a ser ingênuo da minha parte, acreditar que os mesmos moldes da infância que vivi, se adequariam a de hoje...

Lembro-me das minhas festinhas de aniversário quando moleca. O quintal de casa se transformava em um grande salão de festa: mesa e cadeiras da cozinha pra fora, banquetas da penteadeira e escrivaninha, desciam do quarto lá de cima para acomodar os convidados. Ao lado da mesa, meu avô (sempre inventivo) improvisava com dois cavaletes que construira, uma extensão, ampliando a área do banquete, que minha avó cobria com uma sequência de toalhas de mesa divertidamente incombináveis entre sí.

Sendo mestiça de "gainjim"e japonês, o cardápio da festa era (e confesso, ainda o é até hoje na família) sempre uma combinação como que "ecumênica" de opções gastronômicas: churrasco, farofa e maionese, 'acompanhado' de sushis, sashimis e tofus. Assim, agradava-se ocidente e oriente, como gregos e troianos, de uma só vez.

Lembro também da decoração do ambiente: bexigas coloridas penduradas pelo varal que, apesar do meu medo delas até hoje (sim! tenho medo de bexigas! um dia supero isso!), anunciavam balançantes o dia especial. Balas de côco em papéis-franjinha, formavam uma encantadora cascata na ponta da mesa onde era decretado 'o lugar do Parabéns'. Ao seu lado, o bolo, recheado de leite condensado e ameixa, regado com guaraná, coberto de suspirinhos de glacê e fios de ovos, com a base contornada por um babado pliçado de papel metalizado. Completando o cenário, um punhado generoso de brigadeiros que, enrolados num mutirão de tios, avós e primos, formavam uma completa tabela geométrica: uns redondos,triangulares, outros até exagonais.

A área do entretenimento ficava na garagem, onde as atrações variavam entre pique-esconde, queimada, barra-manteiga, cabra-cega, corre-cotia...A brincadeira da vez era democraticamente definida com o "quem quer brincar de .... põe o dedo aqui que já vai fechar".Todos participavam, ora brincando juntos, ora brigando juntos, mas sempre juntos.

Vez ou outra, dava tempo para minha mãe preparar os saquinhos-surpresa que não era mais surpresa, porque já era sabido 'dever' conter: balas Chita ou de leite Kids, drops Paquera, balas-remedinho (aquelas açucaradas em forma de comprimido colorido), chicletes adams ou ping pong com figurinhas de decalque, lingua de sogra, apito de passarinho e mini ioiô.

Era tudo muito simples, mas a dedicação e interação de toda a familia na organização de cada festinha de casa, são lembranças que guardo comigo, com muito carinho. Pode não ser tão fascinante quanto ter a sua disposição uma gigante piscina de bolinhas coloridas, um escorrega cheio de tuneis e curvas inesperadas, uma mini-montanha russa em formato de lagarta-feliz ou um remix do Parabéns pra Você cheios de "hey! hey!". Mas que meus 'nivers' no quintal que, com o tempo, passaram a bailinhos na garagem, foram tão especiais quanto...ah se foram...

...Rá...Tim...Bum!!!!

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19/04/2010

"EKAM EVEILEB" - ACREDITE!


Essa semana acabei de ler o livro "If you could see me now", de Cecelia Ahern (mesma autora do best seller que se tornou filme "PS: Eu te amo"). Confesso que estava um pouco desconfortável em assumir as 410 páginas em inglês, e posterguei uns bons meses para começa-lo. E me arrependo...de não ter começado a lê-lo logo que comprei! É divino, de uma leveza incrivel em sua abordagem, é viciante!!!

O livro tem partes engraçadas, românticas e tocantes. É mais do que falar sobre amor, o livro ensina a olharmos para dentro de nós mesmos e vivermos. Viver no sentido de não deixarmos de aproveitar certas partes da vida por causa dos erros de outras pessoas. Não ter medo de amar, mesmo que não sejamos correspondidos. Não deixar de sermos quem somos, para tornarmo-nos no que querem que sejamos. Invadirmos as fronteiras do 'socialmente aceitável', para vivermos conforme nossos próprios princípios e valores.

E o principal: acreditarmos sem a necessidade de constatações, nem probabilidades. Isso é ter fé. E nada nem ninguém a tira da gente, somos os únicos responsáveis por mantê-la viva (ou não) dentro de nós.

Viver tendo fé na nossa própria capacidade de nos reerguer e seguir adiante, de aprender algo novo todos os dias se assim desejarmos, de tomar rumos totalmente diferentes quando a rotina se torna irritantemente previsível...tudo podemos sempre, desde que, primeiro, ACREDITEMOS, segundo, NOS PREPAREMOS e então, EFETIVEMOS.

Em 2011, está previsto o lançamento do filme baseado no livro. Hugh Jackman (o famoso Wolverine) está no elenco. Vamos aguardar.

Para quem quiser saber mais do livro e da autora: http://www.ceceliaahern.ie/books_ifyou.html

Ah! E revelando o estranho título deste post, EKAM EVEILEB é o nome que 'Ivan', um dos personagens principais e o mais 'misterioso' deles, dizia se chamar a cidade de onde vinha...era mais uma de suas formas sutis e lúdicas para nos ensinar a crer no que é de fato e não no que pareça ser...

...de trás para frente...MAKE BELIEVE...

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12/04/2010

Fazer o bem e não olhar a quem. Pode crer!


A caminho de casa, na ultima sexta-feira, bateram em meu carro em um cruzamento. Além de avançar no farol vermelho, estar na contra-mão, colidir fortemente do meu lado, simplesmente o condutor do outro veículo, de frente 'arregaçada', radiador esfumaçando, fugiu cantando pneus e de quebra, atingiu a traseira do meu carro, de fora a fora...

Numa atitude totalmente impensada, larguei o carro no cruzamento e como Forrest Gump, corri feito louca, de salto alto, pela avenida, 'perseguindo' o sujeito. Alguns metros a frente, quando a fase 'dei por mim' chegou ao cérebro, retornei desolada, trêmula e ofegante para o carro. Entrei nele, respirei fundo, debrucei sobre o volante e soltei o maior pranto que pude na hora. Voltei a cabeça ao encosto do banco, olhei a minha volta e lá estavam todos os carros enfileirados, estranhamente esperando pacientes a minha retirada do local para deixá-los seguir. Engatei a primeira, subi alguns metros da minha rua (sim!...foi no cruzamento da rua de minha propria casa!) e encostei.

Apareceu uma senhora, de uns 70 anos, em minha janela e me entregou uma placa de carro dizendo "filha, deixou cair". Agradeci, jogando a placa no assoalho do passageiro. Em seguida e também 'do nada', uma mulher apareceu com um copo d'água e um jogo de frases bem intensionadas de consolo. Um motoqueiro encostou, desceu da moto, tirou o capacete e ficou simplesmente olhando, sem dizer absolutamente nada, mas de uma forma esquisita, senti um certo conforto nisso. Um outro rapaz do posto de gasolina da esquina, subiu até o carro e foi despejando uma sequência de palavrões para descrever a atitude do 'cara' (se tem uma forma de te confortar - e que funciona - nessas horas de estresse extremo, desolamento e choro desmedido, é alguém desconhecido despejar tamanho repertório mal-criado e em sua defesa!). Minutos depois, uma menina, de uns 12 anos, apareceu na beira da minha porta e disse 'Tia, eu anotei a placa!' E começou a ditar.

Aquela cena de tantos personagens, arrancou de mim, mais forças ainda para me acabar em mais chororôs, emocionada com toda aquela comoção. Só conseguia agradecer em meio a desafinos, soluços e funga-fungas...

No dia seguinte, pela manhã, meu interfone tocou. Era a moradora do 13 (e quem disse que dá azar hein?!) - que nem sei quem é (bem, devo já ter dividido algumas subidas e descidas de elevador, acompanhados de um cumprimento padrão ou informações meteorológicas tipo 'vai chover hj né', mas de certo, não passou disso). Ela interfonou pra dizer que presenciou todo o acidente, que viu meu crachá pendurado no retrovisor e por isso sabia de onde era, comentou sua indignação diante da atitude covarde do sujeito e se dispôs voluntariamente como testemunha, se necessário...

Diante da atitude irresponsável, egoísta e sim, desumana deste motorista, tive a oportunidade de vivenciar uma série de atitudes totalmente opostas. Pessoas igualmente desconhecidas, como este 'ser inconsequente' também me era, fizeram o que estava a seu alcance ajudar - da placa do carro que caiu ao simples copo d'agua.

Passado o nervoso, agradecido a Deus por absolutamente nada ter acontecido comigo fisicamente, passei o final de semana refletindo tão e somente nessas pessoas de bem, que solidariamente dispuseram de seu tempo para acolher alguém que nem conheciam. E entendi que tudo o mais que aconteceu nessa sexta-feira, foi apenas "um meio" para renovar a minha crença sobre o exercício do amor ao próximo: fazer o bem sem olhar a quem; que confesso, andava bem abalada aqui dentro. Andava!

Quanto ao fato em sí, fiz a ocorrência convencional sobre a colisão para os trâmites necessários de minha seguradora. E uma segunda ocorrência, de natureza 'Fuga do local do acidente' (Art.305 da C.T.B), em que entreguei para a polícia, a placa do carro que aquela senhora de 70 anos me disse ter 'deixado cair'. Simplesmente, era a placa do condutor infrator, servindo de 'evidência física' para intimar o proprietário do veículo a comparecer a delegacia para prestação de contas...

Art. 305 (Código Transito Brasileiro) - Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.


Acesse o link e faça parte da Campanha Trânsito Mais Gentil: Se você muda, a Cidade muda.

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